Burrice, burrice, burrice. Mais uma lição

Felizmente que, tal como na vida, também na corrida, nunca sabemos tudo.
E mais uma vez a lição foi adquirida. Com o treino de ontem, fiquei mais rico a nível do conhecimento do comportamento do meu corpo.
Ontem perto das 18:30 e ao olhar para o termostato do carro, este marcava temperatura exterior de 33ºC. Pensei, isto hoje vai ser duro. Bastante duro.
Sei que o meu corpo não funciona nem se dá nada bem com temperaturas acima dos 18-20ºC.
Mesmo assim, resolvi ir para o treino de ritmo. Pois como tudo, temos de treinar também os nossos pontos fracos. Uma corrente é tão forte quanto o seu elo mais fraco.
Após 1.6kms de aquecimento, seguido dos alongamentos, eis que comecei o treino.
Comecei a rolar perto dos 4´30"-4´35"/km durante os primeiros 3kms. Desde logo verifiquei que o calor era imenso, demasiado.
Continuei então depois para os restantes 7kms a 3´55-4´00"/km. Durei apenas 4kms. Não dava. O meu corpo deixou de funcionar. O esforço era demasiado dado a temperatura que se fazia sentir. A batida cardíaca era demasiado alta, uma vez que a máquina têm de funcionar ainda mais para poder manter a temperatura do corpo. O calor era muito. Todo eu estava a transpirar. O meu corpo estava a começar a dar sinais de querer parar.
No último quilómetro, as pernas não mexiam. Resolvi abrandar, mas mesmo assim não dava. Comecei a ter a visão algo turva. Estava na hora de parar. Não dava mesmo.
Total de treino 7.1kms, com média de 4:12/km.
Foi burrice ter tentado fazer este treino com a temperatura que se fazia sentir. Não estava bom para se treinar ainda por cima, treinos fortes como este.
E a lição que aprendi, foi que efectivamente, soube reconhecer os sinais do meu corpo, tentei prosseguir mas não deu, e soube parar na altura certa.
Porque se não dava, não valia a pena estar a desgastar-me.
Mas fiquei triste, pois o ritmo estava cá, mas o calor mais uma vez desligou-me o sistema.