Finalmente, eis chegado o grande dia.
Desta vez, nervos..apenas o nervoso miúdinho normal antes de cada prova. Nem problemas de estômago nem nada. Maravilha.
Acordei bem cedo, para tomar o pequeno almoço com calma e fazer uns ligeiros alongamentos matinais.
Assim, umas torradas com marmelada e um copo de chá verde, iriam ser o meu combústivel antes da prova.
Eu, a minha mulher e o meu colega de corrida (o Aristides), dirigimo-nos para o Parque das Nações. O tempo avizinhava-se algo nebulado. Mas com bastante humidade e abafado.
Esperámos pelos restantes elementos da equipa em frente ao C.C. Vasco da Gama. Juntos iríamos dali para o tabuleiro da ponte. O Aristides estava à espera que lhe entregassem o equipamento da equipa.
Apareceram, o Victor, Luis Miguel, Paulo Santos, Helder, Rui Lacerda (Lacerdov).
Após umas fotos da praxe tiradas pela minha mulher ao pessoal todo junto, lá partimos para a ponte.
Estava fresco quando chegámos. Um tremendo nevoeiro.
Quando chegámos ao local da partida ali ficámos, e reparei desde muito cedo que, ao contrário da meia maratona da ponte 25 de Abril, aqui não iria conseguir fazer aquecimento. Mau sinal.
O nevoeiro comecou por desaparecer, enquanto esperávamos e lá íamos falando todos em conjunto. O tempo passou muito mais depressa assim, em grupo.
O sol ia ganhando força por entre as nuvens.
A hora da partida ir se aproximando, e o calor cada vez começava a ser mais forte.
Não existiam muitos bons sinais para esta prova.
Tentei fazer alongamentos durante meia hora, práticamente sem puder sair do sítio. Estava a tremer de medo, por causa da minha canela direita. Se aparecesse a dôr, tinha a prova estragada.
Lá fui fazendo alongamentos às canelas enquanto íamos falando. O calor, esse estava mais forte.
Finalmente, quando se começava já a suar, o tiro de partida ouviu-se.
E assim começou a prova.
Tinham-me dito que a subida da ponte era terrível. Pelo que combinámos irmos todos juntos a um ritmo calmo.
Lá fomos num ritmo calmo fazendo a subida a 5:12-5:10m/km. Sinceramente, não notei práticamente quase a súbida.
Ao quilómetro 5, começámos a descer a ponte. Sempre num ritmo calmo de 5:05-5:10m/km. Olhei para o relógio e marcava 00:26:xx. Bastante mau, pensei eu para quem queria fazer à volta de 00:23:00.
Ao entrar no IC2, já se fazia sentir bastante calor e humidade. Eu, cada vez me sentia melhor. Nem o calor me estava a importunar.
Comecei por tentar baixar dos 5:00min/km, mas o pessoal da equipa pediu-me para não ir já embora, pois haviam colegas que estavam a ficar um pouco para trás.
Assim fomos num ritmo calmo (bastante calmo) até ao quilómetro 8-9. Pensei, estou a ficar com a minha corrida estragada. Estes meses de treino, e estão a desaparecer quilómetro atrás de quilómetro.
Tentei trazer o Aristides comigo. Mas desde a subida da prova, que notei na respiração que algo não se encontrava bem.
De qualquer das maneiras, ao quilometro 8, acelerei e trouxe-o comigo. Os outros, tiveram de ficar para trás. Uns porque quiseram ficar, outros porque não conseguiam mais.
Mas não podia esperar mais por mais ninguem. Tentei de facto ir com a equipa, mas, eu tinha outro objectivo. Compreendo que alguns quisessem ficar para ajudar outros colegas, mas eles também têm de compreender, que cada um de nós tem o seu objectivo.
Mesmo assim, foi excelente a camaradagem entre nós, desde o momento em que nos encontrámos de manhâ, até ao final da prova, altura em que nos reunimos de novo.
Foi óptimo a conversa durante a prova.
Ao chegar ao quilómetro 9-10, verifiquei que o meu amigo Aristides não estava nos seus dias. Disse-me para ir embora.
Assim, resolvi que ao chegar aos 10kms, iria tentar buscar o máximo possível do tempo que tinha perdido.
Arranquei então. Passei de um ritmo de 4:55-5:00 para 4:35min/km.
Tentei hidratar-me o mais possível. Em cada posto de abastecimento, tentava beber o que podia de powerade. A água, essa apenas servia para dar alguma fresquidão pelas costas.
Com o passar dos quilómetros, cada vez sentia-me melhor. Tentei sempre controlar-me e não me deixar entusiasmar muito, pois não conhecia o percurso e fui sempre algo receoso com o que poderia apanhar pela frente.
De qualquer das maneiras, fui sempre a controlar o tempo a 4:30min/km. Estava com um ritmo muito bom, e sentia-me excelente. Nem o calor me fez qualquer problema.
Apartir do quilómetro 14-15, vi tanta gente completamente de rastos
Ao chegar ao quilómetro 17, apertei mais um pouco para 4:25min/km. Comecei por passar muitos atletas. Pareciam que estavam parados! (pensei eu) lógicamente que não estavam. Eu é que estava muito bem.
Nesta altura já sabia com o que podia contar. Faltavam apenas 4 quilómetros para terminar. Sabia que iria terminar esta prova, e acima de tudo bem.
Resolvi, que ao chegar aos 18kms, iria dar mais um puxão. Estava confiante, sabia que os meus treinos rápidos estavam a dar resultado. E ao chegar ao quilómetro 18, estava com imensa força. Então forcei ainda mais. Passei a correr a 4:10min/km.
Era somente passar e passar por atletas. Nem as ligeiras inclinações finais me fizeram qualquer diferença.
Pensei, estou tão bem, que ao quilómetro 19, vou puxar ainda mais. Então, chegado esse quilómetro, passei para 4:00min/km.
O calor neste momento apertava como nunca, e dei graças por saber que podia contar com os excelentes abastecimentos. O último seria ao km19, e seria nesse que iria dar o meu máximo até final.
Então consegui manter-me num ritmo de 3:50 até à entrada na longa recta da meta. Aí tive de abrandar um pouco devido ao empredado horrível que existe. As minhas pernas e os meus pés começaram a balançar, pois nunca tive muita estabilidade nos pés (ainda bem que levei os meus ténis asics que me proporcionam bastante estabilidade evitando assim algumas entorces).
Foi com prazer que vi a minha mulher, e ainda a chamei para a fotografia ao chegar perto da meta.
Quando olhei para o tempo, fiquei muito contente, pois tinha acima de tudo cumprido 2 objectivos: 1ºmelhorar o meu melhor tempo na meia maratona, e 2ºbaixei do tempo estabelecido como tempo final. Foi 1h:39m:00.
Após relaxar e comer o gelado que era oferecido no final, analisei um pouco a corrida a "quente", e conclui que se não tivesse perdido tanto tempo nos dez primeiros quilómetros teria provávelmente ido para a casa da 1h:35m-1h:36:00. Nada mau, para uma prova que é mais dura que a da outra ponte. Não têm mesmo nada a ver uma prova com a outra.
Acima de tudo terminei bem, onde só nos últimos 2-3 quilómetros, dei o máximo e onde me desgastei mais.
No final, após alguns minutos, apareceram os meus colegas de equipa.
Lá falámos um pouco sobre a prova, e da experiência de cada um. E tirámos umas fotos em conjunto, e em separado para recordar sempre.
O meu grande abraço a todos os meus companheiros de equipa!
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E pronto, assim foi a minha participação na 8ª Meia Maratona de Portugal 2007.
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As fotos, irei colocar mais tarde no blog.
Monday, September 17, 2007
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