Será que valeria a pena?

Ainda ontem à conversa com o meu companheiro Ruben Brás, surgiu o tema de ser forte ou não psicológicamente para o atletismo.
Nem todos têm a força mental para se ultrapassar as dificuldades numa prova. Nem todos conseguem continuar a sofrer quando a "coisa" aperta. Por norma, o cérebro quando recebe indicações de cansaço excessivo (não se está a falar de atingir o nosso limite humano), arranja sempre uma maneira de se precaver.
Ainda faz pouco tempo que li um capítulo sobre este mesmo tema. Em que é defendido um pouco pela generalidade que as dores musculares nada mais é do que a forma que o cérebro arranja para proteger o corpo de atingir a exaustão.
O que significa que um corpo bem treinado e fortalecido em conjunção com uma parte psicológica igualmente forte e treinada, é meio caminho para fazer um bom atleta. Seja ele de alta competição ou atleta amador.
Ora isto leva-nos à questão de: como fortalecer a parte psicológica?
Primeiro temos de efectuar 2 divisões: os atletas, que possuem um treinador, e todos os outros que treinam por si só.
No primeiro caso, sem dúvida nenhuma que o facto de termos alguêm com sabedoria superior, que nos oriente, que nos motive, que puxe por nós, que nos faça continuar quando normalmente parávamos. Tudo isso têm o seu lado positivo para o nosso corpo e mente.
Mas será que valeria a pena, os atletas amadores comuns terem um treinador, quando a margem de progressão não é tão grande assim?
Na minha humilde opinião, é sempre bom termos sempre alguêm que saiba mais do que nós. Sempre fui uma pessoa que gosta de aprender, e admiro e ouço ávidamente, todos aqueles que sabem mais do que eu. Nomeadamente neste caso, na prática da corrida.
Lógicamente, que nem todas as Associações Desportivas, etc, têm capacidade para ter treinador (orientador) para os seus atletas. Mas seria uma grande vantagem, sem qualquer dúvida.
Mas uma vez que isso na maioria dos casos não é possivel, como podemos nós treinar a mente também?
Se para treinar o corpo, existe mais ou menos treinos específicos, o que fazer então em relação à parte psicológica?