Friday, May 15, 2009

Mente vs Corpo. A sintonia perfeita

Incrível o poder que a nossa mente têm sobre nós.
Parte essêncial para a prática da corrida, que na minha opinião têm 50% de peso quanto a preparação física (pelo menos para mim).
Quando andamos com dores, tudo se torna mais triste e desmoralizante. Quando pretendemos fazer o que gostamos, e uma lesão nos impede, a mente prega-nos partidas. Ficamos com a moral em baixo, os treinos custam a passar, a vontade de ir treinar não é muita. Sempre se vai fazendo alguma coisa por aqui e por ali, deixando alguns atletas inclusive de treinar mesmo. Mas nada é igual. Por vezes, estamos em baixo devido a uma lesão, e começam a aparecer outras dores noutros lados que nada têm a ver com a lesão. Pensamos, "bolas, agora aparece-me de tudo". Grande parte disto, é a nossa mente. A desmoralização é tal, que uma outra dôr, que de outro modo não daríamos importância, torna-se mais um motivo para ainda nos desmoralizarmos mais. Temos de têr força de vontade, capacidade mental para superar estas situações. E acima de tudo, paciência, muita paciência. Abdicar de certas provas que tinhamos previsto, saber recuperar, treinar com inteligência.
Quando as dores desaparecem, parece que ganhamos um novo folgo. Uma nova lufada de ar fresco. Torna-se um imenso prazer treinar. Isto é mesmo assim e não têm volta a dar.
O corpo até parece que obedece. Parece que voamos quando treinamos.Aquelas dores secundárias, desaparecem como se fossem magia.
Apetece-nos ir fazer treinos de séries, competição, etc.
Tal como diz a sábia frase, "MENS SANA CORPUS SANUS".
Temos de fortalecer tanto o corpo como a mente. Pois mesmo quando estamos lesiados, a mente é o mais importante de tudo.
Muitas vezes descurada a preparação mental, esta é a nossa única tábua de salvação quando em prova, o corpo quebra.
Eu já tive essa experiência nomeadamente nas meias de Setúbal de 2007 e 2008, e no último ano tenho vindo a treinar a preparação mental. Demora tempo, imenso tempo.
E essa preparação mental faz-se com sofrimento.
Nestas coisas da corrida, temos de sofrer. Temos de adquirir e reforçar o hábito de sofrimento. Custa? claro que custa. Mas traz-nos recompensas. Torna-nos mais fortes como pessoas, tanto na corrida como fora dela.
Mas quem faz disto um hábito de vida, sabe que é um sofrimento que se traduz depois para a nossa capacidade em saber lidar na vida pessoal com os problemas do dia a dia.
E o sofrimento obtem-se nos treinos diários. No treinar debaixo de enxurradas de chuva, com um frio de rachar,em fazer treinos de séries quase de cair para o lado em fazer provas. Em castigar o corpo. Pois cada vez que o fazemos e não desistimos, estamos a aumentar a nossa auto estima, e a fortalecer o nosso cérebro, pois cada vez que o fazemos, é uma vitória, apesar de muitas das vezes não darmos muita importância a isso. Mas, fica registado no nosso cortex, lá isso fica

boas corridas

2 comments:

Anonymous said...

GRANDE NUNO,

Muitos parabéns por este post...
Quem não te conheça pessoalmente, fica aqui com um retrato perfeito...
Quem te conheça, minimamente, percebe toda a sinceridade colocada nestas palavras...
Só faria uma pequena correcção no teu caso pessoal - conheço as tuas capacidades físicas e, apesar de saber como te têm atormentado as lesões, se conseguires que a tua mente atinja os tais 50%, conseguirás suplantar em muito todas as tuas expectativas...
Um abraço... e bons treinos (em especial com muita alegria...)

Proença

Eu, Corredor said...

Muito obrigado pelas tuas palavras amigo.
Acredita que valem mais do que pensas.

grande abraço
Nuno