Uma das mais lindas descrições do sentimento que a corrida nos pode proporcionar.
Esta é de facto uma citação que é comum a muitos (incluindo eu) dos que correm por aí.
Encontrei-a por essa blogoesfera, mais concretamente no blog do companheiro http://palavrasdecorredor.blogspot.com/
É simplesmente arrepiante, a identifcação pessoal com cada uma das palavras aqui escritas.
“…quando ia treinar passava pelas ruas a correr e ninguém podia imaginar o mundo de palavras que levava comigo. Correr é estar absolutamente sozinho. Sei desde o início: na solidão é-me impossível fugir de mim próprio. Logo após as primeiras passadas, levantam-se muros negros à minha volta. Inofensivo o mundo afasta-se. Enquanto corro, fico parado dentro de mim e espero. Fico finalmente à minha mercê. No início, tinha treze anos e corria porque encontrava o silêncio de uma paz que julgava não me pertencer. Não sabia ainda que era apenas o reflexo da minha própria paz. Depois, quando a vida se complicou, era tarde demais para conseguir parar. Correr fazia parte de mim como o meu nome…”
Palavras de José Luís Peixoto in "Cemitério de Pianos"
Friday, August 28, 2009
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3 comments:
Tem de ler o livro, caro amigo.
Eu li-o nestas férias, graças ao despertar de atenção deste nosso colega das corridas, o António Almeida. É muito bom. E concordo em absoluto consigo. Bom retorno aos treinos.
Companheiro
obrigado pela citação.
Sempre passo por aqui, gosto do modo como escreve.
Abraço.
Com certeza que hei-de ler.
abraços
Nuno
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