Wednesday, October 29, 2008

De volta

Pois é amigos.
Estou de volta.
Estive a pensar, e cheguei à conclusão de que não vou me entregar fácilmente a este problema.
Irei pedir com certeza uma segunda opinião sobre a ressonância. Irei levá-la ao ponto de origem, ou seja ao fisioterapeuta, para dizer o que pensa disto tudo.
Até lá, vou como se costuma dizer na gíria, pegar o touro pelos cornos. Vou começar a treinar.
Mas a treinar no real sentido da palavra. O treinar como fazia dantes. Com alguns ajustes como é lógico.
Ajustes esses que irão ser: não irei fazer 2 dias de treinos de velocidade, e no único treino de velocidade que irei começar por fazer, farei um aumento progressivo de ritmos. Ou seja, em vez de para já fazer treinos mais longos de ritmo a 3:50-3:55min/km, irei fazer treinos mais curtos e a uma velocidade mais comedida, na casa dos 4:00-4:10min/km. E irei assim tentando adaptar novamente este joelho maldito a estes treinos.
Eles não dizem que está tudo bem? Pois então. Vamos ver se dará para aguentar. Vamos a ver se o joelho começa a adaptar-se com a carga progressiva de treinos.
Têm de dar. Não consigo mais continuar neste estado de nem treino, e nem faço nada.
O treino de manutenção já não me motiva. Não me motiva o suficiente para treinar á chuva, ou ao frio. Se é de manutenção, para quê a obrigatoriedade de treinar diáriamente? Pode-se faltar um dia quando chove muito, ou quando está muito frio. Agora quando se treina com objectivos, aí sim. Existe todas e mais algumas razões para treinarmos todos os dias, independentemente das condições.
Estou a precisar de provas. Estou a precisar de treinar com objectivos. Caso contrário, a corrida não irá continuar nestes moldes para mim por mais tempo.
Como tal, hoje foi o primeiro dia do plano de treinos para a minha próxima prova a nível competitivo. Estou de regresso á minha primeira prova: a São Silvestre da Amadora.
Pelo caminho, e se tudo correr como o planeado e pretendido, quero eventualmente fazer a meia maratona de Dezembro mas num ritmo descontraído. 
Perdi nestes 4 meses, muito da confiança que tanto me tinha custado a conquistar. O saber sofrer em prova. O saber conhecer o corpo. Ter a confiança de ir para uma meia maratona para dar o estoiro mais que assumido algures, e estar preparado para isso e saber sofrer o resto do caminho
Essa confiança terei de a ganhar novamente. Terei de treinar como dantes, e acima de tudo, fazer provas, pois são elas que nos ensinam como sofrer, e que nos dão tanto prazer a termina-las.
Sei que não será fácil, pois mentalmente não sou muito forte psicologicamente pelo lado positivo. Sou um derrotista antes da partida, mas no último ano, aprendi a alterar essa situação. Agora terei de o fazer novamente.
Quanto ao joelho. Sei que vai doer. Ele doi mesmo ás vezes quando estou sentado.
Vai ter de doer. Mas vou tentar continuar. Desta vez, tentarei não fazer alguns erros, apesar de ser muito cauteloso quanto a isso. Pode ser que isto volte ao que estava. Vamos a ver. 
Mas acima de tudo. Tenho um objectivo. Tenho um plano. A motivação hoje já era outra. Sinto-me diferente a correr.
Sei que já perdi algum tempo importante de ínicio de época. Sei que a minha preparação está atrasada em relação aos demais. Mas, para já comecemos com provas mais pequenas. 10kms estão bem. E os outros se seguirão. É preciso calma.
A nível pessoal, está a fazer falta a força psicologica que a corrida me dá. No dia a dia, a corrida sempre me proporcionou muita força psicologica para ultrapassar problemas, e isso está a começar a desaparecer. A concentração não é a mesma. A paciência não é a mesma.
Efectivamente a corrida, faz parte da minha vida. É uma parte importante da minha vida. Mas não é tudo. E felizmente que não é tudo. Porque se não houver corrida, outras coisas existirão como tudo na vida. Mas a corrida....caramba, dá-me um gozo imenso.
E como diz o ditado, o que não nos mata, torna-nos mais forte. Vamos a isto.

2 comments:

João Paixão said...

Ora bem, caro amigo. A minha decisão foi exactamente como a sua. Os dias em que a perna me dá trabalho são só os dias que não treino, por isso, carga de treinos a aumentar. Estou a ficar mais leve, a gerir ritmos de treino e a terminar as provas cada vez com menos esforço. É como diz, não se pode exagerar nas séries, mas se os médicos dizem que está tudo bem, é ir treinando mais forte para ainda aproveitar a época. Força

Eu, Corredor said...

Amigo,
penso ser a coisa de facto mais acertada neste momento. Temos de ser mais sábios na nossa maneira de treinar, e tentar não cometer erros na nossa preparação, pois caso contrário poderemos agravar alguma coisa que eventualmente possa estar cá.

obrigado pela força

abraços
Nuno